O Chamado do Salmão Rei
Tudo começou com um peixe.
Mas não era um peixe qualquer — era o Salmão Rei, aquele que exige força, paciência e entrega para ser pescado. Era o mesmo peixe que, anos atrás, havia unido os pais de Gus em um momento de amor e cumplicidade. Um peixe que agora voltava, como se fosse um sinal, um elo entre o passado e o futuro.
Gus não foi até o rio por acaso. Foi guiado. Pela dor de ver seus pais em conflito, pela busca por silêncio e sentido. Mas, sobretudo, pelo chamado da alma — um convite para se reconectar com aquilo que ele havia esquecido: suas origens, sua essência, seu propósito.
Quando ele entra no rio para tentar capturar o Salmão Rei, não está apenas revivendo uma memória dos pais. Está mergulhando em si mesmo, enfrentando as águas turbulentas da vida e buscando aquilo que é raro, precioso e verdadeiro.
O Salmão Rei, assim como a alma, nada contra a correnteza, volta à origem, insiste em florescer onde tudo parece difícil. E no momento em que Gus o encara, também encontra algo que estava adormecido: seu Anjo de Jardim — aquela versão mais elevada e silenciosa de si, que observa com ternura e espera o momento certo para despertar.
Às vezes, a alma nos chama através de um simples peixe.
Mas quando ouvimos esse chamado, nada permanece igual.
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