"Desabafo ao Mundo" 15/04/2025
Desabafo ao Mundo
Hoje, não posso mais silenciar as palavras que habitam minha alma. As vozes internacionais que me dizem que é hora de ser honesto, não apenas comigo mesma, mas com todos ao meu redor. Porque, muitas vezes, sinto que o mundo esqueceu a verdadeira essência da empatia, que o acolhimento se tornou uma palavra vazia, e os julgamentos, esses, caem sobre mim como uma chuva pesada e fria.
É difícil colocar em palavras a dor de sentir-se julgado por cada passo, por cada escolha que faço. Como se minha vida fosse um palco em que todos têm o direito de opinar, sem conhecer a minha jornada, sem saber o que realmente carrego em meu coração. Quem tem o direito de medir o que é certo ou errado na minha trajetória, quando a única verdade que me guia é a que estou buscando no meu interior?
Não busco aprovação de ninguém, mas há algo tão profundamente doloroso na falta de acolhimento. A sensação de estar sozinho, mesmo quando rodeada de pessoas. A vontade de ser vista como sou, sem máscaras, sem a necessidade de me moldar para que os outros se sintam confortáveis. Por que o acolhimento se tornou tão escasso, enquanto o julgamento, esse, parece ser o primeiro acontecimento? Por que olham para mim e não veem a minha humanidade, a minha vulnerabilidade, a minha essência em busca de cura?
Há momentos em que o peso de tudo isso parece me sufocar, mas encontro forças em mim mesma. Não porque o mundo me ofereceu algo, mas porque, no fundo, sei que a verdadeira mudança começa dentro de mim. A jornada de cura, embora solitária, é a minha escolha, e eu um abraço com amor, mesmo quando o mundo parece estar alheio às minhas lutas.
Eu não preciso da compreensão de todos, mas só peço um pouco mais de empatia. O mundo precisa de mais escuta, mais compreensão, mais acolhimento genuíno. Ajudar o outro não significa carregar suas dores, mas simplesmente estar ao lado, com presença e sem julgamentos.
Se você me julgar, não sabe a verdade por trás do que sou. Não entendo a luta que enfrento todos os dias para ser quem sou, para encontrar a minha paz. Mas, apesar de tudo, sigo minha jornada, sem medo, sem vergonha de ser quem sou. Porque sei que minha verdadeira missão está além dos olhares alheios, além das palavras não ditas, além dos julgamentos.
Aos que desejam ouvir: que o acolhimento seja a nossa primeira ocorrência, que a empatia seja o nosso guia. Pois só assim podemos construir um mundo onde a dor não precisa ser comunicada isoladamente, e onde as histórias de cada um são respeitadas.
Debbye Reys
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