**A Fábula dos Três Guardiões e o Caminhante dos Sonhos**


Numa tarde serena, em meio a um campo verde banhado pela luz suave do crepúsculo, uma caminhante de olhos atentos seguia seu caminho. Ao longe, avistou três elefantes majestosos, com presenças imponentes, suas peles como mapas de tempos antigos e olhos que pareciam carregar histórias milenares. Ao levar a mão ao bolso em busca de sua caixa de memórias, percebeu que não a tinha consigo. Decidiu, então, aproximar-se dos elefantes e viver aquele instante com toda a sua essência.

Mas, ao piscar, o cenário começou a mudar, como um reflexo na água, e os elefantes se transformaram em três cangurus, que a observavam com olhos vigilantes. Ao lado deles surgiu um homem de figura imensa, barba espessa e manto escuro, segurando um cajado esculpido com símbolos antigos. Esse era o Guardião do Crepúsculo, e sua presença parecia tão ancestral quanto as árvores ao redor.


Ela notou, então, que um dos cangurus era especial: ele possuía a face de um cão, semelhante a um rottweiler, mas com uma imponência maior, o focinho preso por uma cinta de couro. Ele a encarava com um olhar intenso, como se quisesse comunicar algo além das palavras. O Guardião, então, caminhou, e o cão-canguru o seguiu, desaparecendo entre as sombras.


A caminhante suspirou aliviada, mas logo percebeu que o canguru real estava à sua frente, avançando em sua direção. Assustada, gritou: "Saiam da frente, o canguru!" Sua voz ecoou pelo campo.


Foi então que, ao virar-se para o lado, avistou algo pequeno e imóvel na relva: um cachorrinho malhado, deitado como se seu ciclo tivesse chegado ao fim. Seu coração se abriu com a visão, e, ao contemplar aquela cena, sentiu-se tomada por uma compreensão profunda. Num instante, o campo ao seu redor começou a se dissolver, e ela percebeu que estava desperta, mas com uma nova consciência.


A visão a tinha transportado para um lugar de cura, onde cada figura – o elefante, o canguru e o cão – representava algo que havia dentro dela, aguardando para ser integrado. Ao retornar, soube que a jornada ainda continuava, mas agora com um entendimento mais profundo de si mesma e do poder da cura que carregava.

Reflexão:

"Muitos portais se abrem em forma de sonhos, e algumas visões que parecem assustar são, na verdade, convites à cura. Às vezes, é preciso que algo em nós ‘descanse’ para que possamos acordar para uma nova compreensão." 


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